sábado, 21 de junho de 2014

GERAÇÃO NOVA



Questão 27/28 do livro / Cap. XVIII/
  "A Gênese" de Allan Kardec


A GERAÇÃO NOVA 


27. Para que os homens sejam felizes na Terra é preciso que ela seja povoada 
somente por Espíritos bons – encarnados e desencarnados – que se dediquem 
somente ao bem. Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica dos 
que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo 
sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, 
serão excluídos, porque senão ocasionariam de novo a perturbação e confusão 
e seriam obstáculo ao progresso. Irão expiar o endurecimento de seus corações, 
uns em mundos inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas, 

equivalentes a mundos daquela ordem, a quem levarão os conhecimentos que  
tenham adquirido e tendo por missão fazê-las avançar. Espíritos melhores os 
substituirão e farão que reinem em seu meio a justiça, a paz e a fraternidade. 

No dizer dos Espíritos, a Terra não terá de se transformar por meio de 
um cataclismo que aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá 
gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança 
alguma na ordem natural das coisas. 

Por isso, tudo se processará exteriormente, como deve acontecer com a 
única e capital diferença de que uma parte dos Espíritos que encarnavam na 
Terra aí não mais tornarão a encarnar. Em cada criança que nascer, em vez de 
um Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um 
Espírito mais adiantado e propenso ao bem. 

Muito menos se trata de uma nova geração corpórea, do que de uma 
nova geração de Espíritos. Sem dúvida, neste sentido é que Jesus entendia as 
coisas quando declarava: “Digo-vos, em verdade, que esta geração não 
passará sem que estes fatos tenham ocorrido”. Assim, ficarão decepcionados 
os que contem ver a transformação se operar por efeitos sobrenaturais e 
maravilhosos. 

28. A época atual é de transição e os elementos das duas gerações se 
confundem. Colocados no ponto intermediário, assistimos à partida de uma e à 
chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelas características 
que lhes são peculiares. 

As duas gerações que se sucedem têm ideias e pontos de vista opostos. 
Pela natureza das disposições morais, mas sobretudo das disposições 
intuitivas e inatas, torna-se fácil distinguir a qual das duas cada indivíduo 
pertence. 
Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se 
distingue por inteligência e razão geralmente precoces, juntas ao sentimento 
inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de 
certo grau de adiantamento anterior. Não se formará exclusivamente de 
Espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se 
acham predispostos a assimilar todas as ideias progressistas e aptos a ajudar o 
movimento de regeneração. 
Ao contrário, o que distingue os Espíritos atrasados é, em primeiro 
lugar, a revolta contra Deus, pelo fato de se negarem a reconhecer qualquer 
poder superior aos poderes humanos; a queda instintiva para as paixões 
degradantes, para os sentimentos antifraternos de egoísmo, de orgulho, de 
inveja, de ciúme; enfim, o apego a tudo o que é material: a sensualidade, a 
ambição, a avareza. 
É desses vícios que a Terra tem de ser expurgada pelo afastamento dos 
que teimam em não se refazer; porque são incompatíveis com o reinado da 
fraternidade e porque o contato com eles será sempre um sofrimento para os 
homens de bem. Quando a Terra se achar livre deles, os homens caminharão 
sem obstáculos para o futuro melhor que lhes está reservado, mesmo neste 
mundo, por prêmio de seus esforços e de sua perseverança, enquanto esperem  
que uma depuração mais completa lhes abra o acesso aos mundos superiores. 


http://www.luzespirita.org.br/leitura/pdf/l5.pdf -

para quem tiver interesse de ler o livro todo


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