sábado, 11 de agosto de 2012

SANTA CLARA DE ASSIS FOI A REENCARNAÇÃO DE MARIA DE NAZARÉ


SANTA CLARA DE ASSIS E MARIA DE NAZARÉ

Algumas vezes, anjos de altíssima luz se prontificam a descer à Terra e se passarem por um de nós para nos ensinar lições valiosas através do exemplo. 

Dizem que Santa Clara é a reencarnação de Maria de Nazaré, mãe de Jesus, assim como São Francisco é a reencarnação de São João Evangelista e que ambos vieram em missão à Terra para trazer luz numa era de trevas.
 
Santa Clara nasceu Chiara Scifi da tradicional família Offreducci em Assis, Itália, no ano de 1193, no dia 16 de julho. Filha mais velha de Favarone Scifi, homem severo e de muitas posses e Ortolana Fiune, mulher religiosa. Teve mais 2 irmãs, Agnes e Beatriz.

Quando sua mãe estava grávida dela, recebeu uma inspiração divina que lhe disse que o fruto do seu ventre seria uma luz no mundo, que a criança seria mais luminosa que a  própria luz do dia. 

Desde muito pequena, Clara já era diferente das outras crianças e ao invés de brincar, gostava de rezar e fazer penitência. Aos 4 anos de idade realizou seu primeiro milagre curando uma outra criança que tinha peste. As curas continuaram por toda sua vida.

Sempre que saia para passear, enchia seus bolsos de moedas para doar aos pobres e o fazia sempre acompanhado de um lindo sorriso. Muito severa consigo mesma, não se cansava de praticar caridade e tinha aversão a exibicionismos e vaidades. Não se conformava com as desigualdades sociais.

Quando completou 18 anos, seus pais queriam arranjar-lhe um casamento, pois era jovem muito cobiçada devido a sua grande beleza e fortuna. Clara por outro lado tinha outros planos para sua vida. 

Durante uma missa no domingo de ramos na qual frei Francisco era o orador, recebeu das mãos do próprio bispo o  mais alto símbolo da igreja: a palma mística e interpretou tal fato como um sinal de chamado para dar início a sua missão. Naquela noite, depois que todos já tinham dormido, Clara fugiu de casa e foi encontrar-se com Francisco na igreja na qual fez os votos diante do altar da Virgem Maria cortando seus longos cabelos loiros, consagrando-se à Deus.

Seu pai, inconformado com a decisão da filha, mandou seu tio ir buscá-la no convento das Beneditinas no qual ela estava abrigada. Quando chegou lá, Clara tirou o véu da cabeça e mostrou os cabelos cortados bem curtos para provar que não era mais Clara Scifi e sim irmã Clara e que não teria como mudar sua decisão pois já havia sido ordenada.

Passado menos de um mês que Clara havia deixado o lar de seus pais para viver na pobreza, sua irmã Agnes, na época com apenas 14 anos, seguiu seus passos e se juntou a ela no convento. Na ocasião seu pai novamente enviou o tio para regatá-la e de fato ele quase o conseguiu não fosse por intervenção de Clara que orou e fez com que o corpo da irmã se tornasse pesado qual chumbo de modo que nem todo exercito de homens que o pai havia enviado conseguiu remove-la do lugar. Por fim desistiram e foram embora. Mais tarde sua outra irmã Beatriz também foi para o convento e por último sua mãe Ortolana, depois que se tornou viúva.


Clara era realmente abençoada e realizou incontáveis milagres durante toda sua vida. Dentre eles fez a multiplicação dos pães, curou leprosos, cegos, cochos e outros enfermos. Sua "santidade" era conhecida por toda Itália e muitos ficavam a beira da estrada aguardando o momento que talvez pudessem avistar Clara das janelas do mosteiro pois acreditavam que a simples visão da moça seria suficiente para curarem-se de suas mazelas.

Certo dia um leproso bateu à porta do convento de São Damião onde Clara vivia em clausura junto as demais freiras. Ela exitou em auxilia-lo pois não tinha permissão para abrir as portas do convento entretanto um emissário dos Céus apareceu-lhe e disse que até Jesus havia quebrado protocolo dos homens para atender os desígnio de Deus e que ela tinha autorização para atender o moribundo que clamava por seu nome. Clara então o acolheu e junto das demais freiras cuidaram do homem que era portador de lepra. Muito sensibilizado com a acolhida o homem que se chamava Lívio disse que era muito rico e que se fosse curado doaria todos os seus bens para a igreja e começaria nova vida ao lado do irmão Francisco. E assim se deu, após uma semana Lívio estava totalmente curado graças ao dom de irmã Clara.

Em outra ocasião para defender a cidade de Assis da invasão dos Sarracenos ela pegou o ostensório com a hóstia e enfrentou o chefe dizendo-lhe que Jesus era mais forte. Surpreendentemente, eles foram tomados por um pavor inexplicável e fugiram desesperados. Também não podemos esquecer as inúmeras curas que promoveu.

Clara era muito severa para consigo e frequentemente fazia penitencias e jejum. Alimentava-se tão pouco que foi preciso que irmão Francisco interviesse pedindo-lhe que não mais o fizesse pois sua saúde já não aguentava mais. Cuidava para que todas as irmãs trabalhassem arduamente e jamais deixava que o ócio se instalasse. 


Em 1215, recebeu das mãos do próprio Papa Inocêncio III uma carta de convocação para que se tornasse Abadessa e fundasse então a ordem das Clarissas, ramo feminino da Ordem Franciscana. 




Irmã Clara viveu praticamente toda sua vida na mais estrita pobreza praticando o amor e a doação sem nunca se cansar. Morreu em 11 de agosto de 1253 aos 60 anos dos quais, 28 passou severamente doente, porém, nunca se ouviu uma reclamação se quer sair de sua boca. Dois anos após sua morte, em 1255, Clara foi declarada Santa pela Igreja Católica.

Em 1850, exatamente 597 ano após a morte de Clara, seu corpo foi exumado e para a surpresa de todos ele estava intacto. Atualmente, o corpo de Santa Clara está exposto na basílica de Santa Clara em Assis, Itália, e fica aberto a visitação.     





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