sexta-feira, 25 de julho de 2014

OS ÚLTIMOS SEIS DIAS DE JESUS/ DIA 2 / SEGUNDA - FEIRA


SEGUNDO DIA:

Jesus e os vendilhões do Templo

-"Meus amados, observem esta figueira. Está bonita, cheia de folhas, porém não tem frutos, pois estes tem seu tempo certo de se produzirem. Vós, no entanto, não podeis ser como esta figueira que somente oferece frutos em certa época do ano. Torna-se  necessário que prepareis vossos corações a fim de que estejas dispostos a socorrer, amar e perdoar sempre que fordes exigidos. Vossos frutos deverão alimentar aos famintos todos os dias, em todas as horas e lugares."

-"Meus amigos, a fortaleza de vossos corações também se encontra na maleabilidade. Ficai atentos à natureza e aprendereis  sempre. Na grande tempestade, os galhos frágeis que se dobram à força dos ventos resistem e sobrevivem. Porém, as árvores gigantescas, inflexíveis, às vezes acabam por terra e morrem. Assim, nos momentos de provações, sede maleáveis, permitindo que a misericórdia divina vos encaminhe por novas sendas  de aprendizado e progresso."

-"Irmãos amados de meu coração, sois todos vós bem aventurados, pois recebestes do Pai o privilégio da fé em um único Deus. Nenhum povo da Terra tem obtido tanto em matéria de fé, pois o Pai vos tem enviado seus profetas a fim de vos ensinar um pouco das verdades eternas."

-"Olhai este Templo: é o símbolo sagrado de vossa fé; é objeto de orgulho para toda a nação, porém entristeço-me ao vê-lo transformado em covil de interesses materiais, corrompendo vossas manifestações mais puras. Vossos antepassados se envergonhariam de ver o que fizestes do Templo. Esta casa deveria ser para vós lugar de recolhimento da alma, mas fizestes dela casa de câmbio, onde recolheis dinheiro com mais furor do que César de seus súditos. Vós queríeis um lugar  para reverenciar o Deus único, no entanto aqui são deuses o dinheiro que esmaga os pequeninos e o poder que humilha sem piedade. Olhai a imundície, o mau cheiro, o barulho e a desordem que reina neste recinto que mais parece um redil ou mercado, onde tudo se adquire, menos a fé."

-"Por que cuidais das coisas da Terra, quando deveríeis, vós escribas e sacerdotes, mostrar ao povo as riquezas celestiais? Por que não revelastes a eles os tesouros da alma? Oh! Quanto me dói vê-lo assim...Há odor de morte neste lugar....O cheiro de sangue e fumaça de carne das vítimas inocentes queimadas dominam o céu de Jerusalém. Ofereceis ao Pai carne? Sangue? Não sabeis que o Pai é o Espírito Supremo do Infinito? Assim, devemos amá-lo em espírito. Oferecei a Ele vossas boas atitudes, vossa bondade e vosso amor. Vós dizeis ser o povo escolhido de Deus, no entanto fizestes desta casa de orações um matadouro, onde sacrificais animais, manchando de sangue o santuário. Vós que julgais ser filhos diletos do Pai, transformastes este Templo, símbolo da fé, em lugar onde mercadejam coisas mundanas e mesquinhas. Vós que apresentai ao mundo a crença no Deus único, vendeis a preço de ouro as bençãos celestes ao povo simples e sofrido. Onde está escrito que o Pai vende misericórdia? Onde encontrais na lei palavra que avaliza a oferenda e a sede do Pai por sangue? Soltai os animais! Sacrificai a alma a fim de que vossas ações sejam puras."

-"Vosso Criador está em todo Universo e também dentro de vós. Ele não precisa de um lugar para manifestar-se. Basta oferecer-lhe um bom coração. Mas, se construíste um Templo, Ele aí também se fará presente, mas por ora não está aqui, neste antro de vaidades, onde o verniz exterior esconde a podridão da maldade que fere e mata. Expulsastes Deus do grande Templo e também de vossos corações. Sabei, pois, que o luxo e a ostentação, o linho e a seda, o mármore e o ouro não impressionam ao Pai de todos nós."

 -" Aquele que crê em mim, crê também naquele que me enviou, e aquele que me vê, vê quem me enviou. Eu vim como a luz do mundo, para que todo o que crer em mim não permaneça nas trevas. E se alguém escuta as minhas palavras e não as guarda, eu não o julgo, porque não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo."


(Texto extraído do livro - "Os últimos seis dias de Jesus" - Jamiro dos Santos Filho - editora Panorama) 

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