questões 33/34/35 - cap. XVIII -
livro "A GÊNESE" / Allan Kardec
A Regeneração da Humanidade
33. Portanto, a regeneração da Humanidade não exige absolutamente a renovação integral dos Espíritos: basta uma modificação em suas disposições morais. Essa modificação se opera em todos quantos lhe estão predispostos, desde que sejam subtraídos à influência perniciosa do mundo. Assim, nem sempre os que voltam são outros Espíritos; com frequência são os mesmos
Espíritos, mas pensando e sentindo de outra maneira.
Quando isolado e individual, esse melhoramento passa despercebido e nenhuma influência ostensiva alcança sobre o mundo. O efeito é bem diferente quando a melhora se produz simultaneamente sobre grandes massas, porque então – conforme as proporções que assuma numa geração – pode modificar profundamente as ideias de um povo ou de uma raça.
É o que quase sempre se nota depois dos grandes choques que
dizimam as populações. Os flagelos destruidores apenas destroem corpos, não atingem o Espírito; ativam o movimento de vaivém entre o mundo corporal e o mundo espiritual e, por conseguinte, o movimento progressivo dos Espíritos encarnados e desencarnados. É perceptível que em todas as épocas da História, uma era de progresso se seguiu após grandes crises sociais.
34. Ocorre no presente um desses movimentos gerais, destinados a realizar uma remodelação da Humanidade. A multiplicidade das causas de destruição é um sinal característico dos tempos, visto que elas apressarão a eclosão das novas sementes. São as folhas que caem no outono e às quais sucedem outras folhas cheias de vida, pois a Humanidade tem suas estações, como os indivíduos têm suas várias idades. As folhas mortas da Humanidade caem batidas pelas
rajadas e pelos golpes de vento, porém, para renascerem mais vivas sob o mesmo sopro de vida, que não se extingue, mas se purifica.
35. Para o materialista, os flagelos destruidores são calamidades carentes de compensação, sem resultados aproveitáveis, pois na opinião deles os referidos flagelos aniquilam os seres para sempre. Para aquele, porém – que sabe que a morte unicamente destrói o envoltório – tais flagelos não acarretam as mesmas consequências e não lhe causam o mínimo pavor; ele lhes compreende o objetivo e não ignora que os homens não perdem mais por morrerem juntos,
do que por morrerem isolados, dado que, duma forma ou doutra, a isso hão de todos sempre chegar.
Os incrédulos rirão destas coisas e as qualificarão de ilusórias; mas – digam o que disserem – não fugirão à lei comum; como os outros caíram, eles cairão na sua hora e, então, o que lhes acontecerá? Eles dizem: Nada! No entanto, viverão, a contragosto de si próprios e um dia se verão forçados a abrir os olhos.
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